As categorias de produtos não essenciais, como moda, acessórios e cosméticos, estão sendo bastante prejudicadas com a crise do coronavírus. As vendas estão caindo muito pela insegurança das pessoas em relação ao futuro dos seus empregos, que faz com que elas optem por não gastar dinheiro com nada que não seja extremamente necessário neste momento.
O que fazer, então? Você, dono de e-commerce, deve cruzar os braços e esperar tudo isso passar?
Infelizmente isso não seria sustentável. Essa é a hora de você buscar oportunidades para manter as vendas ativas e sua marca reconhecida. A nossa convidada do Diário de Quarentena hoje é a Lu Ongaratto, que é especialista em negócios digitais de moda, e deu dicas de quais estratégias podem ser utilizadas em meio a crise para que você consiga sobreviver a tudo isso.
A principal dica da Lu é algo que falamos muito na Wave e que vamos falar cada vez mais por aqui: relacionamento com o cliente. Criar conteúdos em diversos formatos faz com que você se aproxime do seu público. É uma boa ocasião para ouvi-lo e entender suas necessidades e dores. Dessa forma, aos poucos você cria uma relação de confiança que pode ser bem importante na tomada de decisão desse cliente. Isso porque, assim que ele tiver condições ou quiser adquirir um produto do seu segmento, mesmo que em meio a crise, ele irá procurar a sua loja.
Qual o papel das empresas na crise?
Com toda a discussão mundial ocorrendo a respeito de solidariedade, com campanhas para que as pessoas pensem no próximo e fiquem em casa, com a cobrança de posicionamento dos governos, a dúvida é: as empresas precisam se posicionar? A minha opinião é que sim, e vou tentar convencer você disso.
No caso de uma crise sanitária como essa, necessitamos de confiança e solidariedade social. Isso é, para que ocorra o distanciamento entre as pessoas tão incentivado, esses dois outros aspectos devem estar ocorrendo. Eles nada mais são do que: confiar e ter empatia pelo próximo. Individualmente, se você for jovem e saudável, você provavelmente não terá grandes complicações se contrair o vírus. Sistemicamente, você pode contribuir para o colapso da saúde pública. Segundo informações de pesquisa da empresa Forebrain, quando os fatores individuais e sistêmicos divergem, a tendência é que a pessoa tenha um pensamento irracional.
E vem daí a importância de posicionamento dos atores da sociedade. Entre eles, estão as empresas.
Além da irracionalidade natural que ocorre nesses casos, em que somos tomados por sentimentos como medo e insegurança, ainda somos direcionados a diversas informações contrárias sobre o mesmo assunto. Pense só: você está escutando do Ministério da Saúde que afirma que, se você puder, é melhor ficar em casa, independente da sua idade. Mas aí você recebe um áudio no Whatsapp que diz que isolamento social não é o melhor para solucionar uma pandemia.
Essas informações geram confusão e conflito na nossa mente, o que nos prejudica no momento de tomar decisões. Recebemos notícias em excesso e, a maioria, de baixa qualidade. Requer muito cuidado e controle para analisarmos quais fontes são verdadeiras e confiáveis nesse momento [inclusive a Giovanna vai falar um pouco sobre essas fontes no Diário de Quarentena na semana que vem, para ajudar vocês a realizarem esse filtro].
Um papel interessante, portanto, que as empresas podem adotar é o de conscientização. Foi o que fez o Mercado Livre quando alterou o seu logo para um cumprimento de cotovelos, ao invés de mãos, e a Microsoft quando criou um mapa em tempo real da propagação da doença. Mas não precisamos ir tão longe: conscientizar os seus funcionários em relação às medidas de prevenção e liberá-los, se possível, também é uma atitude relevante.
As empresas também podem aderir a um posicionamento mais econômico, com doações, por exemplo. A Ambev transformou parte da sua produção de cerveja em produção de álcool gel, para doar para unidades de saúde. As Lojas Renner doaram mais de 4 milhões para custear a compra de insumos, assim como a MRV e o Banco Inter doaram 10 milhõesem respiradores mecânicos. Se a sua empresa não tem condições de fazer doações tão caras, ajude quem está perto. Doe cestas básicas para profissionais autônomos que não estão conseguindo trabalhar, engaje sua equipe para incentivar o comércio local ou adiante diárias de faxina, por exemplo.
Apesar de necessário, é claro para todos que o isolamento social tem consequências ruins para o bem estar. Quanto mais tempo isoladas as pessoas ficam, mais podem desenvolver problemas psicológicos como depressão e ansiedade. A sua empresa pode ajudá-las com isso. Crie conteúdo online, faça promoções de cursos e/ou proporcione entretenimento. Faça lives no Instagram e Facebook contando suas experiências no trabalho, disponibilize materiais de qualidade e aproveite para atualizar as redes sociais da sua empresa.
Se você ajudar uma só pessoa, já é motivo de satisfação. Lembre que solidariedade social é se preocupar com o outro. Além de garantir que sua empresa está sendo ativa no combate a um vírus de escala mundial, você ainda ganha em reconhecimento de marca e engajamento. Isso porque atitudes como essas fazem com que as pessoas se identifiquem com a empresa, e em meio a compartilhamentos e comentários, você ainda pode sair da crise melhor do que entrou.
Uma empresa é feita de pessoas, para outras pessoas. Não seja omisso, nem oportunista. Assuma o seu papel social!
Vendas no e-commerce continuaram em crescimento durante a crise
Segundo o relatório semanal da Ebit sobre os impactos da COVID-19 no e-commerce brasileiro, as vendas no e-commerce crescem em meio a crise, embora o ritmo tenha desacelerado. A pesquisa que compara a semana de 07/04 a 13/04 com a semana de 31/03 a 06/04, aponta crescimento de 3,6%. Embora o número de compras siga com dados positivos, o ticket médio apresenta, no ritmo contrário, queda constante no período analisado.
As principais categorias do e-commerce brasileiro estão inclusas nesse crescimento, são elas: eletrônicos, telefonia, casa e decoração e moda. Entretanto, a categoria de informática apresentou queda de -8,8% em relação ao período anterior.
Chama atenção nessa pesquisa, que a categoria de produtos de giro rápido (FMCG), que já estavam em ritmo crescente, atingiram seu maior patamar de vendas semanais no ano. Além disso, representam hoje, o maior total de pedidos do e-commerce brasileiro, com 13,5% de importância das compras online.
Oportunidades
O ritmo crescente do e-commerce brasileiro pode ser uma saída para comerciantes que têm sofrido com os impactos da crise do Coronavírus. Segundo uma pesquisa da Cielo, o varejo total no Brasil obteve queda de 27,3% desde o início do COVID-19 no país. Isso significa que é a hora de investir no comércio online. Se você já possui loja física, que nesse período de isolamento social não pode ser aberta, abrir um e-commerce pode ser a saída para sua empresa.
Organize seu negócio e avalie se é possível, neste momento, investir no comércio online. É importante lembrar que ter um site de vendas é essencial, mas que investir e disponibilizar seus produtos em marketplaces (ainda que um fator não exclui o outro), pode alavancar suas vendas em curto prazo com um baixo custo.
Se você já tem um e-commerce, esse é o momento de “organizar a casa”. Planeje-se, faça investimentos no seu site. Revise seu catálogo de produtos, invista em SEO, caso ainda não utilize essa ferramenta, faça anúncios no Google Ads. Para que seu negócio online realmente dê resultado, é preciso que você o coloque como prioridade neste momento. Pense que agora este é o seu principal canal de vendas e a saída para a crise.
Portanto, é necessário não só realizar aplicações financeiras em seu site, como contratar ferramentas ou um novo layout e outros pontos que necessitam de investimento em dinheiro. O principal ponto para que seu site seja um sucesso de vendas, independe de crise, é tempo e dedicação.
O online é para todos
Se você não possui um e-commerce, não trabalha com varejo ou acha que seu negócio não se encaixa nessa categoria, não significa que deve ficar offline. Diversas pesquisas apontam crescimento nos mais variados segmentos, gerando novas oportunidades, como a oferta de serviços. A procura por esporte e como se manter ativo, por exemplo, tem alta procura neste período. O comportamento do consumidor mudou drasticamente com as medidas de isolamento social, basta saber como se adaptar nesse novo cenário.
Quer abrir seu e-commerce ou melhorá-lo? Entre em contato com a nossa equipe!
Impactos da crise para os pequenos negócios
A crise do novo coronavírus causou impactos incontestáveis na economia mundial, atingindo todas as esferas. Os pequenos empresários, no entanto, são especialmente prejudicados. Numa tentativa de mensurar isso, o Sebrae realizou uma pesquisa com uma amostra de 9.105 donos de pequenos negócios, entre os dias 20 e 23 de março de 2020.
Resultado da Pesquisa:
O primeiro dado já é muito preocupante: 89% dos pequenos negócios enfrentaram queda de faturamento mensal, e 63% dos entrevistados afirmaram que a queda foi maior que 50%. Quanto a medidas de higiene, mais da metade desses estabelecimentos aumentaram precauções de limpeza e disponibilizaram álcool gel para funcionários e clientes. 42% informou ter fechado temporariamente o negócio, e, infelizmente, 1/4 pretende fechar permanentemente. Além disso, 36% acredita não conseguir manter a empresa por mais de 1 mês aberta.
Dos mais de 9 mil entrevistados, um pouco mais de 1/4 tem o objetivo de investir mais nas vendas online. De fato, os e-commerces se tornaram, durante a crise, praticamente o único veículo de exposição dos produtos. O mundo e o mercado que conhecíamos antes da COVID-19 não existirá mais. Em um novo cenário, será obrigatória a presença das empresas no mundo digital.
Mas será que realmente vale a pena?
Listamos algumas das principais vantagens de um e-commerce, em comparação com as lojas físicas:
➤ Custo operacional mais baixo
Isso porque todo o valor de estrutura será reduzido – você não precisará investir em móveis, aluguel, água e luz, por exemplo. O custo com pessoal, na maioria das vezes, também é menor, levando em consideração que provavelmente você terá uma equipe reduzida. Além disso, o investimento inicial é mais baixo e requer menos tempo para que os produtos fiquem disponíveis para venda, que é tudo o que você está precisando em um momento como esse.
➤ Facilidade de Acesso
Qualquer cliente, em qualquer situação e em qualquer lugar do mundo, poderá acessar o seu e-commerce. Mesmo se não estivéssemos enfrentando uma pandemia, esse fator ainda seria importante, tendo em vista que temos cada vez menos tempo para se deslocar até os lugares, principalmente quando não faz parte das nossas prioridades e necessidades essenciais. Nós, consumidores, prezamos – e pagamos mais! – por conforto. Essa simples vantagem faz com que o seu público seja muito mais abrangente, aumentando as possibilidades de fechamento da compra.
➤ Acompanhamento dos Resultados
Em uma loja física, você utiliza métricas como número de vendas e ticket médio para analisar se os seus resultados estão sendo bons. Na loja virtual, no entanto, você tem uma infinidade de possibilidades de análise. Utilizando o Google Analytics, por exemplo – plataforma básica para quem irá iniciar um e-commerce -, você consegue acompanhar quais anúncios estão gerando visitas para o site, quais as características das pessoas que têm interesse nos seus produtos, em qual momento o usuário está desistindo da compra, entre muitas outras informações. Isso é fundamental para que você entenda direitinho o que funciona com o seu cliente e é uma grande vantagem em relação à loja física, em que os dados são extremamente limitados.
➤ Possibilidade de Estoque sob demanda
Isso pode ser interessante se você tiver mercadoria de produção própria. A venda através de encomenda pode fazer com que você possa disponibilizar muito mais variedade, atraindo mais clientes. No entanto, tome cuidado com o prazo de entrega. Apesar do usuário entender que a compra online demora mais que a física, – que é imediata – ele não quer esperar mais do que o necessário.
➤ Disponibilidade
Você está online 24h por dia! Sem precisar cumprir horário, você pode vender a qualquer momento. Isso também é um grande facilitador, pois muitas pessoas não conseguem realizar suas compras durante o horário comercial.
Definitivamente, se você ainda não tem e-commerce, chegou a hora de começar! Não espere o desespero bater para procurar resultados. A solução para os impactos da crise está no mundo digital – e ele vale muito a pena.
8 passos para gerir a crise do novo coronavírus
A crise sanitária do novo coronavírus causou também uma crise econômica muito forte no mundo inteiro. Como já vimos em diversas postagens aqui no blog, os pequenos e médios empresários estão sofrendo muito com a queda de faturamento. Como gerir essa crise? A empresa de consultoria empresarial Deloitte realizou um estudo a respeito de medidas que podem ser tomadas para auxiliar na recuperação dos negócios.
Com base nessa pesquisa, elaboramos um tutorial com 8 passos para que você possa seguir e buscar sair da crise melhor do que entrou. Ou seja, o objetivo aqui é fortalecimento da empresa e trabalho em equipe. Queremos treinar você a ter uma visão mais positiva de tudo o que estamos vivendo, e extrair os melhores aprendizados disso.
Ei, não existe solução perfeita!
Antes de qualquer coisa, um aviso pelo bem da sua saúde mental: não se cobre excessivamente. Você nunca deve ter enfrentado uma instabilidade desta dimensão, portanto, não saber o que fazer não é sinônimo de despreparo, e sim de evolução – o mundo inteiro está em um processo de aprendizagem. O que o fará um bom gestor, a partir de agora, é a sua capacidade de mudança e proatividade em buscar contornar os prejuízos desse período. Mas atenção! Não busque a perfeição, pois, além dela não existir em um contexto como esse, você ainda irá perder tempo de ação.
8 passos para gerir a crise
1. Crie um plano de gestão da crise
Documentar os seus passos é um fator crucial nesse momento. Além de ajudar a organizar as ideias, essa atitude ainda assegura o seu aprendizado para o futuro. Independentemente de dar certo ou errado, quando a crise passar você deve usar esse plano para analisar seus erros e acertos, e entender um pouco mais sobre suas próprias medidas.
O plano de gestão da crise nada mais é do que uma composição de ações e procedimentos necessários para o controle e gerenciamento da situação. Para que isso ocorra de maneira organizada, forme um comitê que será responsável por analisar quais os pontos críticos e mais vulneráveis da sua empresa – podem ser aqueles que mais custam, que mais repercutem negativamente ou ainda que são responsáveis por garantir a existência da sua marca. Esse comitê deve ser composto por profissionais estratégicos de diversas áreas, com a companhia de algum membro da diretoria, que será encarregado da tomada de decisões.
Após esse mapeamento de vulnerabilidades, deve ser criado um plano de contingência, que tem o objetivo de amenizar ou solucionar os problemas observados. O nível de esforço dedicado a cada um dos problemas deve ser proporcional ao risco que ele apresenta para a empresa. Portanto, lembre-se de estabelecer bem as prioridades e entender a dimensão de cada aspecto discutido.
2. Atente-se ao mercado
Observe as ações as outras empresas do mesmo ramo ou categoria que a sua estão articulando para lidar com a crise – e faça uma análise dessas ações. Isso pode fazer com que você evite um erro, por exemplo, ao perceber que o concorrente tentou aplicar algo que não deu certo. Além disso, é importante estar atento ao mercado em geral, visto que muitas alterações estão sendo feitas em leis e determinações do Estado. Acompanhe sites de notícias confiáveis e tome cuidado com as fake news.
3. Indique um porta-voz para clientes e imprensa
Se você é uma empresa na qual o bom funcionamento impacta diretamente na vida das pessoas, o ideal é eleger um porta-voz. Isso porque talvez você não conseguirá manter suas atividades com a mesma qualidade de antes, e isso pode prejudicar o seu relacionamento com os clientes. A importância de centralizar essa tarefa em uma só pessoa dá a garantia de que o discurso, o tom e a mensagem da empresa em relação à crise serão passados com consistência e cuidado. Caso uma só pessoa não consiga dar conta da sua proporção de clientes, cogite estabelecer uma equipe.
Pense que, apesar de todos saberem dos impactos da crise econômica, o seu cliente pagou pelo seu serviço/produto, e o mínimo que você pode garantir é que ele tenha consideração e respeito da sua equipe. Além disso, dependendo da dimensão e do ramo de negócio que você trabalha, é possível que os problemas chamem a atenção da mídia. O porta-voz também é a pessoa designada para responder corretamente às perguntas e manter a solidez do posicionamento da empresa.
4. Mantenha sua equipe segura e engajada
Nessa fase, mais do que nunca, você precisa ter os seus funcionários ao seu lado. Se for possível, aplique a política de home office. Ela, além de garantir a saúde dos funcionários, irá trazer mais tranquilidade para o dia a dia. Não esqueça de estabelecer um plano de metas para que você possa manter o controle a respeito das tarefas e prazos.
Se não for possível o home office, pratique todas as medidas de prevenção possíveis. Adote regras claras de higiene e garanta que nenhum funcionário vá trabalhar doente. Acompanhe as ações relativas à assistência médica e monitore casos suspeitos, dando suporte e orientação. Lembre-se de manter a transparência entre sua equipe, explicar com atenção os procedimentos e não hesitar em dar informações, instruindo a respeito dos riscos e possíveis cortes. Faça com que todos se sintam confortáveis no ambiente de trabalho e confiem uns nos outros.
5. Reduza custos
Foque em manter a liquidez da sua empresa, ou seja, a capacidade de pagar as suas dívidas. Para isso, faça a manutenção do seu capital de giro e reveja seus investimentos programados. Também é um bom momento para renegociar os contratos, evitar desperdícios e reavaliar os processos internos. Fizemos um texto específico sobre redução de custos aqui no blog, e aconselho você a dar uma olhada, pois essa parte é extremamente importante para manter sua empresa viva.
Atenção!
O Governo Federal tomou medidas de amenização da crise econômica, entre elas a postergação do vencimento do prazo dos tributos federais relativos ao Simples Nacional e a liberação de crédito para micro e pequenas empresas. Fique informado e garanta que está usufruindo de todas as oportunidades possíveis proporcionadas pelo Estado.
6. Mantenha o relacionamento online com os clientes
Lembra quando eu falei sobre o porta-voz, aquele responsável por conversar com os clientes e com a imprensa para manter a coerência do discurso da empresa? Pois então, esse é especializado em apagar o incêndio. É quem vai se preocupar com os clientes mais impactados e insatisfeitos. Mas, também precisamos identificar a faísca. Provavelmente, você deve ter alguém responsável pelo relacionamento com o cliente, certo? Não suspenda essa função!
Esse é exatamente o momento de aumentar o elo de confiança e trabalhar mais essa relação, evitando aborrecimentos e frustrações futuras. Portanto, use e abuse dos meios digitais para passar informações, dados, conhecimento e entretenimento para o seu público, focando na sua persona. As redes sociais estão em crescimento durante a pandemia, considerando que 60% dos usuários estão investindo mais horas do dia para acompanhar as postagens.
Se você não tem uma pessoa/equipe especializada nisso, ou uma agência terceirizada com contrato vigente, comece a considerar. O mundo após o novo coronavírus não será o mesmo, e a presença digital será cada vez mais necessária. Você mesmo administra as redes sociais da empresa? Evite isso! Entenda que, por trás de cada post, existe um planejamento de marketing e uma estratégia a ser seguida. Portanto, valorize e não subestime esse trabalho. Ah, e aproveite para criar, ou revisar, o seu funil de vendas, ou seja, o trajeto que o seu cliente passa desde a descoberta da sua empresa até o momento da compra. Isso impacta bastante na criação de conteúdo para as redes e demais canais que sejam interessantes para a sua persona.
7. Atenção para os suprimentos operacionais
Para que você consiga manter o funcionamento das atividades operacionais, é necessário garantir o abastecimento de suprimentos. Portanto, antes de qualquer ação, faça um levantamento das matérias-primas, embalagens, materiais e serviços essenciais que você irá necessitar para o cumprimento dos principais pedidos. Após isso, observe os pontos em que já existe ruptura de cadeia de suprimentos, crie um plano de contingência e coloque imediatamente em ação.
Para facilitar esse processo de abastecimento, você pode considerar algumas ações conjuntas com fornecedores estratégicos:
Otimização de cargas:
Faça uma gestão detalhada dos pedidos junto aos fornecedores, reduzindo ao máximo solicitações de última hora ou com um intervalo pequeno de tempo. Organize com empresas parceiras a possibilidade de integrar o cronograma de encomendas, a fim de reduzir os custos dos fornecedores com as entregas e facilitar o processo de recebimento.
Gestão colaborativa de capacidade:
Significa chegar a um denominador comum junto ao seu fornecedor, ou seja, uma quantidade de insumos que o fornecedor consegue atender, e a empresa consegue manter a produção de acordo com a suas obrigações.
Auxílio para fornecedores vulneráveis:
Identifique os fornecedores mais vulneráveis financeiramente, que gerem impacto para a sua produção. Busque alternativas para ajudá-los, como aportes financeiros ou adiantamentos. Além de garantir o abastecimento desses suprimentos, você ainda cria uma relação de confiança com o seu fornecedor e movimenta o mercado.
Considere também, se for o caso, o lançamento de produtos que ajudem a sociedade. Um exemplo interessante é o da Ambev, que passou a produzir álcool em gel para doar para hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Não necessariamente, entretanto, você precisa realizar uma doação. A BBDU, que possui uma loja online de produtos para crianças e adolescentes voltados a educação emocional, está produzindo máscaras de tecido infantis e adultas e vendendo a um preço justo. A empresa não só está prestando um serviço relevante para a sociedade, como está ganhando em relacionamento e reconhecimento de marca, visto que seus clientes, no futuro, irão lembrar que a BBDU os ajudou nesse momento de instabilidade.
Inclusive, se você for pai/mãe e tiver interesse, pode solicitar pelo Whatsapp da BBDU PDFs de atividades para serem feitas em família nessa quarentena.
8. Faça a transição para o mundo digital
Como já citado nesse texto, o mundo dos negócios não será mais o mesmo após esse período de pandemia. Portanto, esteja preparado. Se você não tiver condições financeiras de investir em nada agora, ao menos comece o seu planejamento. É essencial não ficar à margem das mudanças que estão ocorrendo, e ter um papel ativo na construção desse novo mercado, mesmo que seja apenas no papel.
No entanto, se você aderiu ao home office, de imediato você precisa garantir algumas condições básicas para que os seus funcionários consigam desempenhar suas funções. A primeira, obviamente, é fornecer equipamentos de trabalho: se os seus colaboradores não têm notebook, mouse, teclado, e demais instrumentos que se fazem indispensáveis, você tem a obrigação de assegurar isso. E essa é a demanda mais urgente nesse momento! Você não pode cobrar nada da sua equipe se ela não possui o mínimo para trabalhar. Portanto, resolva essa questão imediatamente! Além disso, faça uso de ferramentas colaborativas para o trabalho remoto, e responsabilize-se pelo suporte técnico aos funcionários no período, se preciso.
Se você tiver condições, já comece a investir para preparar a infraestrutura aos novos padrões de tráfego e utilização de rede. Identifique os pontos vulneráveis dos seus sistemas e condições cibernéticas em relação a exposição, segurança e capacidade de armazenamento de informações. Crie um dashboard com métricas e indicadores a respeito dos seus resultados, com dados e alertas para possíveis pontos de gargalo, e o disponibilize para toda a equipe, deixando clara a responsabilidade de cada um na evolução dos processos.
Crie seu e-commerce!
Por fim, mas não menos importante, invista em canais digitais de venda e comunicação. Você sabia de a compra online é preferência de, no mínimo, 74% dos brasileiros? E esse dado ainda tende a aumentar após a pandemia, já que ela serviu para mostrar a importância dos e-commerces, pela facilidade, segurança e conforto da realização das compras.
Se você ainda não está convencido, acesse esse material do blog em que falamos sobre o panorama dos pequenos negócios e damos motivos bem pertinentes para, de uma vez por todas, você entender as vantagens do online em relação às lojas físicas. Esse é o ponto determinante para não só responder à crise, mas superá-la. É uma oportunidade de aprender com a pandemia, tirar boas lições e crescer, como negócio e como gestor.
O mercado irá se tornar cada vez mais competitivo, e a evolução não será somente um diferencial, e sim um pré-requisito. Portanto, não fique para trás! Para incentivar esse seu começo, deixarei aqui uma dica preciosa: o site da Loja Integrada. Eles são uma plataforma, com planos bem acessíveis, para que você crie seu e-commerce e comece suas vendas online. Os processos são fáceis e intuitivos, facilitando a sua primeira experiência. Aproveite!
oportunidades para as empresas
A empresa Opinion Box realizou uma pesquisa, de 25 a 27 de março, com 2.151 pessoas, a maioria entre 16 e 49 anos, de classe CDE. O objetivo foi entender as mudanças de hábito e consumo dos brasileiros em consequência da pandemia do coronavírus, e alguns desses dados indicam boas oportunidades para as empresas.
➥ Cursos e materiais online
Se você possui uma plataforma de cursos online, ou é um produtor de conteúdo para a sua empresa, foque nisso. 32% dos entrevistados deixaram de ter aulas presenciais, e 15% começou a estudar online. Além disso, o número de usuários dessa categoria aumentou quase 1/5, e a intensidade de uso, 36%. Isso significa que as pessoas estão aproveitando o momento para ler conteúdo online. Inclusive, 79% dos pais estão preocupados com o ensino dos seus filhos – o que pode ser uma boa oportunidade para os criadores de materiais focados no público infantil.
Mas digamos que o seu caso seja diferente – você tem uma empresa, com profissionais capacitados, e sempre pensou em iniciar uma produção de conteúdo. Esse é o momento! Se você não sabe nem por onde começar, leia aqui. Se o seu segmento é de livros ou outros materiais de ensino, também pode ser uma oportunidade de alavancar as vendas. Faça promoções, boas opções de frete e, caso não seja uma marca conhecida, ingresse em marketplaces.
Ainda não está convencido da importância disso? Outro dado interessante é que quase metade das pessoas se sentem mais entediadas durante a pandemia, e 3/5 está passando mais tempo na Internet. Além disso, 58% está lendo mais notícias, e mais da metade está investindo mais horas nas redes sociais. E você aí pensando que não precisa criar Instagram para sua empresa, hein?
Aproveite esse período para caprichar as redes do seu negócio, e lembre que, quando isso passar, o mercado não será mais o mesmo de antes. A partir de agora, será obrigatória a presença no mundo digital! Leia mais sobre como utilizar as redes sociais da sua empresa aqui.
➥ Entrega de alimentos
Muitas pessoas estão saindo de casa apenas para fazer compras no supermercado. No entanto, a pesquisa mostra que 14% dos entrevistados estão comprando os insumos para casa de forma remota. O número de usuários de supermercados online aumentou 1/4, e a intensidade de compra, 34%.
Também foi percebida uma procura por uma alimentação mais natural e saudável – muito porque a correria do dia a dia, normalmente, acaba dificultando isso. Dessa forma, 24% dos entrevistados aumentaram o consumo de frutas, verduras e legumes, e 21% acredita estar se alimentando melhor na quarentena. O hábito de pedir comidas prontas, na versão delivery, também cresceu 26%.
Pelo fato dos restaurantes e bares estarem fechados temporariamente em seus pontos físicos, muitos estão optando por ingressar em plataformas de delivery, como Ifood e Rappi. Alguns estão vendendo porções das comidas separadas, ao invés do prato montado. Isso facilita para quem está cozinhando em casa. Por exemplo, você cozinha arroz e bife, mas não tem feijão. Aí você compra a porção de feijão separada pelo aplicativo, que você não compraria caso ela acompanhasse mais uma série de alimentos.
➥ Medicamentos com serviço de entrega
A sua farmácia pode não ter um aplicativo online, com toda a estrutura de uma grande marca. Mas ela pode sim ter um serviço de entrega – um motoboy pode ser a solução dos seus problemas. Apesar da categoria de farmácia estar com uma forte procura, cada vez mais as pessoas estão optando pela compra online, ao invés de se deslocar até o local. Isso significa que você precisa acompanhar a demanda.
15% das pessoas estão comprando em farmácias online, o número de usuários aumentou 17% e 28% em intensidade de uso. Disponibilize o serviço, ofereça para a sua rede de clientes e permaneça atento às medidas de prevenção na entrega. Tome cuidado com aqueles medicamentos que, por lei, não podem ser vendidos de maneira remota.
➥ Produtos de limpeza e higiene
Considerando que 45% das pessoas estão realizando faxinas em sua própria casa, já era de se esperar o aumento na compra de produtos de limpeza – inclusive pela Internet. O hábito de higiene pessoal também subiu 43% e quase 2/5 das pessoas estão higienizando os alimentos antes de guardar no armário. Aproveite para vender os seus produtos, mas evite gastos exagerados – essa demanda tende a diminuir quando acabar a quarentena.
➥ Produtos/serviços de beleza
A queda nesse segmento foi grande. 41% dos entrevistados deixou de ir a salões de beleza, e 16% está realizando os serviços por conta própria. É natural, considerando que são serviços não essenciais, não necessários, portanto, para a sobrevivência. No entanto, essa demanda deve ter um pico quando a pandemia acabar – prepare seu estabelecimento para isso.
O maior desafio agora é resistir a esse período de baixa. Incentive e dê benefícios para os clientes que anteciparem o pagamento dos serviços – exemplo: se pagar o mês de manicure, tem desconto de 30%. Quem tiver esse dinheiro disponível, irá investir por saber que depois irá utilizar com certeza.
➥ Atividades físicas
Os atletas – amadores ou não – estão sofrendo, é verdade. Mas, mais ainda, aqueles profissionais de educação física e donos de academias. Isso porque 36% deixou de ir a academias pela própria escolha. Portanto, mesmo que agora seja uma determinação, na maioria dos lugares, também foi uma escolha individual. Esses ambientes, de fato, são potenciais meios de propagação do vírus.
Com esse cenário, 15% das pessoas decidiu realizar os exercícios por conta própria, e também 15% com auxílio profissional, através de videochamadas ou lives. Essa reestruturação no setor é importante e pode ter efeitos a longo prazo, porque se os usuários identificarem que conseguem praticar as atividades em casa, com ou sem ajuda profissional, irão repensar o gasto com as academias.
Isso pode obrigar esses estabelecimentos a investirem mais em estrutura, aumentando as possibilidades e proporcionando treinos mais completos para os alunos. Portanto, os profissionais não podem ficar de coadjuvantes dessa mudança. É preciso fazer constantes adaptações para se manter ativo no mercado.
Por fim, lembre de aproveitar ao máximo as chances que tiver nesse momento. Juntos, sobreviveremos a essa crise. Se você precisa de ajuda, não se desespere, estamos aqui para isso. Entre em contato com a Wave, esclareça suas dúvidas, solicite um orçamento e trabalhe junto conosco para superar esse momento difícil.